O que achamos do 2° ano de Demolidor

A parceria entre MARVEL, NETFLIX e os estúdios ABC acertaram de novo. Dessa vez mais ousados do nunca. Se você achou que o primeiro ano de Demolidor foi incrível, trate de procurar outro adjetivo para descrever o segundo ano de Demolidor.

O que os teaser trailers e os trailers nos vendia, de um segundo ano cheio de ação, brutalidade e sangue, foi realmente o que eles entregaram. Até o sexto e o sétimo episódio, o foco central é a ameaça que FRANK CASTLE/JUSTICEIRO (JOHN BERNTHAL) representa a segurança de Hell’s Kitchen. Por falar no anti herói, ele é o que todos esperavam, assassino, retratado na série como um psicopata de criminosos com um tom mais levado para o insano. JOHN BERNTHAL foi a escolha certeira para o papel, entregou um Justiceiro digno daquilo que vemos nos quadrinhos, nos dando mais esperanças que uma série solo dele seja anunciada em breve. As suas cenas de luta são espetaculares, toda brutalidade presente nessas cenas é exatamente aquilo que se esperava de um personagem como este e Bernthal entrega um Justiceiro a altura do que os fans queriam.

KAREN PAGE (DEBORAH ANN WOLL) e FOGGY NELSON (ELDEN HENSON) apresentam aqui mais do que fizeram no primeiro ano. Mais presentes nas cenas de ação, mais Page do que Nelson. De assistente jurídica a uma aventura de repórter investigativa no jornal O BOLETIM, Karen se arrisca para saber do passado de Castle. Por outro lado, Foggy tenta sozinho livrar a firma de advocacia da falência, mas sempre preocupado com o bem estar de MATT MURDOCK (CHARLIE COX). 

Matt por outro lado, cada vez mais se preocupa com Hell’s Kitchen e o espaço de sua vida para os amigos e vida profissional cada vez fica mais comprometida, trazendo assim, uma evolução no personagem, é como se o personagem quisesse dizer que toda sua vida pessoal e profissional dependesse do sucesso de sua vida como vigilante noturno.

As cenas que Justiceiro e Demolidor protagonizam foram as melhores, sempre. Das lutas incríveis, até os debates cheios de argumentações de qual método é o melhor, é o mais eficiente. Tudo aquilo que já lemos nos quadrinhos estava lá, na tela. Foi sensacional.

ELEKTRA NATCHIOS (ELODIE YUNG) a atriz sempre será, a partir de agora, uma heroína, apesar da personagem ser conhecida por ser uma anti heroína, pois ela nos fez esquecer dos filmes terríveis que fizeram dela. A Elektra que nos foi entregue no segundo ano de Demolidor, foi bem mais do que esperava. A assassina implacável criada por FRANK MILLER foi a cereja no bolo. Uma personagem forte, não só fisicamente, a personalidade de Elektra que foi muito bem explorado aqui é algo a se valorizar. Seus embates ao lado do Homem sem medo são sensacionais, garanto que muito marmanjo que leu as HQ’s quando garoto, voltaram no tempo quando viram as cenas. Pelo final da temporada, o qual obviamente não conterei aqui, as chances dela fazer parte do trama central são enormes. Mas não espere Elektra naqueles trajes minúsculos característico das HQ’s, pelo menos não por enquanto.

Ao contrário do que vimos nos primeiros anos de Demolidor e Jessica Jones, as referências ao universo cinematográfico da Marvel estão bem menores e mais leves. A menção às empresas ROXXON, citada várias vezes nas séries Agent Carter e Agents of Shield e no primeiro filme do Capitão América é uma das poucas referências ao MCU. Confesso que fiquei um pouco decepcionado com as poucas menções, como todo fan da Marvel, se espera referências e ligações a todo momento, mas reconheço que a distância entre as séries de heróis urbanos e o MCU devem realmente aumentar e é necessária, pois devem dar espaço e abrir caminho para os encontros dos quatro heróis que futuramente irão viver o grupo “OS DEFENSORES“, que devem estrear em 2017. Menções a Jessica Jones são feitas e uma participação surpresa nos episódios finais da temporada dá o tom de cada vez mais, a aproximação entre uma série e outra será maior.

O que nos foi prometido em banners, posteres, teasers e trailers foi tudo entregue. Netflix, Marvel e ABC estão de parabéns, estão fazendo um trabalho incrível. Espera aí, incrível talvez seja uma palavra usada demais, o nível das produções aumentou, talvez esteja na hora de pensarmos outro adjetivo pra qualifica-las.

 

 

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